terça-feira, 19 de maio de 2009

Conhecendo a SEMANA DE ARTE MODERNA




A Semana de Arte Moderna, ocorreu em Sao Paulo, no ano de 1922, de 11 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal.

A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo.Apresentarram novas idéias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos.

Os artistas que participaram foram Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos entre outros.

Durante os sete dias de exposição, foram expostos quadros e apresentadas poesias, músicas e palestras sobre a modernidade,o que deixou indignados alguns escritores e artistas de renome.

A semana de arte moderna significa também o atestado de óbito da arte dominante. O academicismo plástico, o romantismo musical e o parnasianismo literário esboroam-se por inteiro. Ela cumpre assim a função de qualquer vanguarda: exterminar o passado e limpar o terreno, insere-se num quadro mais amplo da realidade brasileira. Vários historiadores já a relacionaram com a revolta tenentista e com a criação do Partido Comunista, ambas de 1922.

Menotti Del Picchia




Participou da Semana de Arte Moderna de Fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Em 1943,tendo sido suas principais obras Juca Mulato e Salomé .
É autor de romances, contos e crônicas, de novelas e ensaios, de peças de teatro, de estudos políticos e de obras da literatura infantil,fundou jornais e revistas, foi fazendeiro, procurador geral do Estado de São Paulo, editor, diretor de banco e industrial.

Victor Brecheret



Participa da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo. A partir daí mantém paralelamente uma carreira na Europa e em seu país. Expõe no Salão dos independentes de Paris e funda a Sociedade Pró Arte Moderna.
Os jovens paulistas descobrem as esculturas de Brecheret. Impregnadas de modernidade, constituirão uma das bandeiras da Semana, pois Brecheret fora contratado para realizar o Monumento às Bandeiras e ao apresentar às autoridades as maquetes da obra, tivera o trabalho recusado. Anos depois, o monumento seria erigido, tornando-se um símbolo de São Paulo e a escultura pública mais admirada no país.
O caso Brecheret fornece munição à rebeldia estética que germinava na capital paulista. Ou como diria Menotti del Picchia: "Foi sua arte magnífica que abriu os nossos cérebros, (...) criado entre nós uma arte forte, liberta, espontânea."

Heitor Villa-Lobos



Na Semana de Arte Moderna, em 1922, ficou famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália, com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade ante as reações ardorosas despertadas pelo evento.

Anita Malfatti



foi a primeira artista brasileira a aderir ao modernismo, tendo sido uma das expositoras da mostra, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, que fazia parte da Semana de Arte Moderna.
Esta obra "a boba",A Boba é um dos pontos mais altos da pintura de Anita,a Boba faz parte de um momento de "busca ativa".
suas obras tem uma técnica de vanguarda, a sua pintura surpreende o público, acostumado com o realismo acadêmico, trivial e sem ousadia.

Oswald de Andrade

Canto de regresso à pátria




Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar

Os passarinhos daqui

Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas

E quase que mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas

Eu quero tudo de lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte pra São Paulo

Sem que veja a Rua 15

E o progresso de São Paulo



Oswald de Andrade (1890-1954) é um dos mais significativos autores modernistas da literatura brasileira. Participou da Semana de Arte Moderna, editou o jornal "O Homem do Povo" e ajudou a fundar "O Pirralho" e a "Revista Antropofágica". É de sua autoria o Manifesto Antropófago de 1928.

"Os sapos" , de Manuel Bandeira


Os Sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz:
- Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte!
E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas cépticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...
Urra o sapo-boi:
- Meu pai foi rei!
- "Foi!" - "Não foi!"
- "Foi!" - "Não foi!".
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...
Ronald de Carvalho leu este poema de Manuel Bandeira, virou confusão.Pois Bandeira critica a estética parnasiana.

Mario de Andrade




Mário de Andrade liderou o movimento modernista Maylsonanico no Brasil e produziu um grande impacto na renovação literária e artística do país, participando ativamente da Semana de Arte Moderna de 22.


Andrade efetuava seu trabalho como pesquisador do folclore brasileiro, fez amizade com um grupo de jovens artistas e escritores de São Paulo que, como ele, estavam interessados no modernismo europeu.



"Macunaíma" Mário de Andrade




Mário de Andrade é considerado um escritor completo e inigualável,sua obra citada:“Macunaíma o herói sem nenhum caráter”, ele torna-se fundamental para o entendimento da cultura brasileira como um todo , e também da própria evolução.


Mário de Andrade não queria tão somente escrever uma estória sobre as “peripécias de um índio”, este projeto era sobre algo muito maior e muito mais sério e real: a retratação real da cultura brasileira existente.

Apresentação

Trabalho de Português


Professora : Eliane
Componentes :
Gabriela n°10
Johnata n° 22
Nayara n°34
Ranathan n° 39